Os presentes capítulos “A Nova Relação com o Saber,” “As mutações da educação e a economia do saber,” “As árvores de conhecimentos, um instrumento para a inteligência coletiva na educação e na formação de Pierre Lévy do livro Cibercultura relatam a importância da reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura, devendo ser analisada previamente, pois acontecem várias mudanças contemporâneas em relação ao saber.
Segundo o autor pela primeira vez as maiores partes dos conhecimentos que uma pessoa adquiriu no começo do seu trajeto profissional estarão em desuso no fim de sua carreira. Afinal a natureza do trabalho sempre sofre modificações, trabalhar significa cada vez mais aprender, transmitir e produzir conhecimentos.
Devemos estar abertos para uma nova relação com o saber, pois o ensino é organizado de acordo com o contexto e sempre contínuo. A rede de computadores permite as pessoas conectadas compartilhar e construir a inteligência coletiva.
O saber e o trabalho, as novas tecnologias tanto de inteligência individual como coletiva mudam os dados do problema da educação e da formação. O que é preciso aprender não pode ser planejado nem decidido com antecedência.
Duas reformas são necessárias nos sistemas de educação e formação. Em primeiro lugar, a aclimatação dos dispositivos e do espírito do EAD (ensino a distância) ao cotidiano e ao dia a dia da educação. A EAD explora vários tipos de tecnologias e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. No contexto da EAD o professor não será tido na como um transmissor, mas como um “animador” da inteligência coletiva de seus grupos de alunos.
A segunda reforma diz respeito ao conhecimento das experiências adquiridas. As pessoas também aprendem com suas atividades sociais e profissionais, se a escola e a universidade estão perdendo progressivamente o privilégio de transmitir conhecimentos, os sistemas públicos de educação podem pelo menos orientar esses indivíduos e contribuir para o aproveitamento desses saberes não- acadêmicos.
Qualquer política educacional terá que levar em conta a nova dimensão das possibilidades do ciberespaço. A simulação é um modo de conhecimento próprio da cibercultura e ocupa um lugar central. Em uma palavra trata-se de uma tecnologia intelectual que amplia a imaginação individual (aumento da inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns, qualquer que sejam a complexidade deles (aumento da inteligência coletiva). Cada vez menos nos novos tempos o sistema de diplomas tem sido adequado
Diversos processos de aprendizagens permanentes e personalizados através da navegação atualizam a relação à nova relação com o saber. Michel Authier e Pierre Lévy imaginam que um esforço simultâneo de vários órgãos tende em informatizar em rede todos esses processos de forma positiva.
Esta sendo experimentado em vários locais da Europa, particularmente na França as árvores de conhecimentos um método informatizado que gerencia globalmente diversas competências no estabelecimento de ensino, empresas, bolsas de valores etc.Essa abordagem proporcionou a cada membro de comunidade fazer com que suas competências sejam reconhecidas, mesmo as que não foram validadas pelo sistema educacional.
A árvore da comunidade pode crescer e ser transformada na medida em que as competências da própria comunidade evoluem. Esses conhecimentos que representam a árvore são chamados de brevês (saberes básicos) que começam no tronco e vão formando a árvore os galhos, as folhas. Mas a organização do saber que uma árvore expressa não é fixada para sempre: ela revela a experiência coletiva de um grupo humano, que vai evoluir com essa experiência.
Cada indivíduo possui uma imagem pessoal na árvore, podendo consultá-la a qualquer momento tendo acesso a esta ou aquela competência ocupada por um determinado saber. Assim adquirem, uma melhor apreensão de sua situação no “espaço do saber” das comunidades que são participantes e podem elaborar, com conhecimentos de causa, suas próprias estratégias de aprendizagem.
No nível de uma localidade, o sistema das árvores de competências pode contribuir para lutar contra a exclusão e o desemprego ao reconhecer os savoirs- faire daqueles que não possuem nenhum diploma, ao favorecer uma melhor adaptação de emprego, ao estimular um verdadeiro “mercado da competência”.
Em todos os níveis de rede escolas, universidades e organizações o sistema de árvore de competência contribui para aprendizagem, para validar a qualificação em tempo real. Uma melhoria no processo de qualificação possui, portanto efeitos positivos sobre a sociabilidade.
UM projeto internacional utilizando as árvores de conhecimentos foi desenvolvido em cinco universidades visando facilitar a circulação de estudantes pela Europa construindo cooperativamente um sistema comum de reconhecimento dos saberes.
Uma das principais vantagens da abordagem validada pelo projeto é evidente o efeito de descompartimentalização internacional e de otimização dos recursos universitários. A mesma linguagem é usada em todos os lugares, mas cada ambiente cultural e institucional em sua especificidade é respeitada, pois cada universidade faz crescer uma árvore diferente, revelando a originalidade de sua organização dos saberes.
Portanto se esse projeto funcionou em cinco universidades, será muito mais fácil em um país, em uma universidade ou particularmente em uma localidade centrado na luta contra a exclusão e a socialização por meio da aprendizagem.
Os capítulos acima mostram a relação do homem com o computador que um suporte para aprendizagem e entretenimento, pois por meio da Web conhecimentos são adquiridos e projetos são realizados. Portanto é um meio de comunicação importante para a educação e a socialização entre os indivíduos.
Rosemeire Vilanova
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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