quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Resenha Pierre Lévy

Os presentes capítulos “A Nova Relação com o Saber,” “As mutações da educação e a economia do saber,” “As árvores de conhecimentos, um instrumento para a inteligência coletiva na educação e na formação de Pierre Lévy do livro Cibercultura relatam a importância da reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura, devendo ser analisada previamente, pois acontecem várias mudanças contemporâneas em relação ao saber.
Segundo o autor pela primeira vez as maiores partes dos conhecimentos que uma pessoa adquiriu no começo do seu trajeto profissional estarão em desuso no fim de sua carreira. Afinal a natureza do trabalho sempre sofre modificações, trabalhar significa cada vez mais aprender, transmitir e produzir conhecimentos.
Devemos estar abertos para uma nova relação com o saber, pois o ensino é organizado de acordo com o contexto e sempre contínuo. A rede de computadores permite as pessoas conectadas compartilhar e construir a inteligência coletiva.
O saber e o trabalho, as novas tecnologias tanto de inteligência individual como coletiva mudam os dados do problema da educação e da formação. O que é preciso aprender não pode ser planejado nem decidido com antecedência.
Duas reformas são necessárias nos sistemas de educação e formação. Em primeiro lugar, a aclimatação dos dispositivos e do espírito do EAD (ensino a distância) ao cotidiano e ao dia a dia da educação. A EAD explora vários tipos de tecnologias e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. No contexto da EAD o professor não será tido na como um transmissor, mas como um “animador” da inteligência coletiva de seus grupos de alunos.
A segunda reforma diz respeito ao conhecimento das experiências adquiridas. As pessoas também aprendem com suas atividades sociais e profissionais, se a escola e a universidade estão perdendo progressivamente o privilégio de transmitir conhecimentos, os sistemas públicos de educação podem pelo menos orientar esses indivíduos e contribuir para o aproveitamento desses saberes não- acadêmicos.
Qualquer política educacional terá que levar em conta a nova dimensão das possibilidades do ciberespaço. A simulação é um modo de conhecimento próprio da cibercultura e ocupa um lugar central. Em uma palavra trata-se de uma tecnologia intelectual que amplia a imaginação individual (aumento da inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns, qualquer que sejam a complexidade deles (aumento da inteligência coletiva). Cada vez menos nos novos tempos o sistema de diplomas tem sido adequado
Diversos processos de aprendizagens permanentes e personalizados através da navegação atualizam a relação à nova relação com o saber. Michel Authier e Pierre Lévy imaginam que um esforço simultâneo de vários órgãos tende em informatizar em rede todos esses processos de forma positiva.
Esta sendo experimentado em vários locais da Europa, particularmente na França as árvores de conhecimentos um método informatizado que gerencia globalmente diversas competências no estabelecimento de ensino, empresas, bolsas de valores etc.Essa abordagem proporcionou a cada membro de comunidade fazer com que suas competências sejam reconhecidas, mesmo as que não foram validadas pelo sistema educacional.
A árvore da comunidade pode crescer e ser transformada na medida em que as competências da própria comunidade evoluem. Esses conhecimentos que representam a árvore são chamados de brevês (saberes básicos) que começam no tronco e vão formando a árvore os galhos, as folhas. Mas a organização do saber que uma árvore expressa não é fixada para sempre: ela revela a experiência coletiva de um grupo humano, que vai evoluir com essa experiência.
Cada indivíduo possui uma imagem pessoal na árvore, podendo consultá-la a qualquer momento tendo acesso a esta ou aquela competência ocupada por um determinado saber. Assim adquirem, uma melhor apreensão de sua situação no “espaço do saber” das comunidades que são participantes e podem elaborar, com conhecimentos de causa, suas próprias estratégias de aprendizagem.
No nível de uma localidade, o sistema das árvores de competências pode contribuir para lutar contra a exclusão e o desemprego ao reconhecer os savoirs- faire daqueles que não possuem nenhum diploma, ao favorecer uma melhor adaptação de emprego, ao estimular um verdadeiro “mercado da competência”.
Em todos os níveis de rede escolas, universidades e organizações o sistema de árvore de competência contribui para aprendizagem, para validar a qualificação em tempo real. Uma melhoria no processo de qualificação possui, portanto efeitos positivos sobre a sociabilidade.
UM projeto internacional utilizando as árvores de conhecimentos foi desenvolvido em cinco universidades visando facilitar a circulação de estudantes pela Europa construindo cooperativamente um sistema comum de reconhecimento dos saberes.
Uma das principais vantagens da abordagem validada pelo projeto é evidente o efeito de descompartimentalização internacional e de otimização dos recursos universitários. A mesma linguagem é usada em todos os lugares, mas cada ambiente cultural e institucional em sua especificidade é respeitada, pois cada universidade faz crescer uma árvore diferente, revelando a originalidade de sua organização dos saberes.
Portanto se esse projeto funcionou em cinco universidades, será muito mais fácil em um país, em uma universidade ou particularmente em uma localidade centrado na luta contra a exclusão e a socialização por meio da aprendizagem.
Os capítulos acima mostram a relação do homem com o computador que um suporte para aprendizagem e entretenimento, pois por meio da Web conhecimentos são adquiridos e projetos são realizados. Portanto é um meio de comunicação importante para a educação e a socialização entre os indivíduos.
Rosemeire Vilanova

Resenha

Resenha: CIBERCULTURA
Pierre Levy

Cap. X A nova Relação com o Saber

Pierre Levy inicia este capítulo dizendo que devemos fazer reflexões sobre o futuro dos sistemas em educação, mas devemos antes fazer uma análise prévia desta relação com o saber. Ele explica que a velocidade do surgimento e renovação de sistemas está cada vez maior e que provavelmente uma pessoa que inicia um percurso profissional não chegará ao fim dele com o mesmo conhecimento, pois ao longo deste processo muitas mudanças ocorrerão.
Uma nova natureza de trabalho surge onde a transação de conhecimento cresce a cada dia, pois trabalhar significa aprender, transmitir saberes, trocar experiências e etc. Nesta era digital as funções humanas se modificam, pois as “tecnologias intelectuais” citadas por Levy são dinâmicas, objetivas e podem ser compartilhadas por várias pessoas. Os saberes adquiridos no mundo do trabalho têm muito valor, pois as transformações e necessidades das empresas fazem com que o homem evolua suas idéias e aprimorem seus conhecimentos.
Levy fala sobre o ciberespaço e conta uma experiência que viveu dizendo que quando era professor solicitou aos alunos um trabalho que deveria conter três páginas, mas um aluno entregou um trabalho “virtual” diferente dos demais e que para ele ali nascia uma nova cultura. A Web é uma ferramenta infinita onde não existe hierarquia, ela articula uma infinidade aberta de pontos de vista, mas não conseguimos ver ou acessar um todo, pois este “todo” está totalmente fora de alcance. Podemos fazer do que escolhemos e necessitamos o nosso “todo”.
Nas páginas da Web temos acesso á saberes, idéias, ofertas, e muitas outras coisas. No ciberespaço, o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato, ele se torna ainda mais visível e em tempo real. Pela internet temos acesso á bibliotecas virtuais, muitos textos e livros, assim como congressos virtuais, reuniões em tempo real e etc.

Segundo o autor a simulação ocupa um lugar central entre os novos modos de conhecimento trazidos pela cibercultura. Os usuários da rede têm um (aumento de inteligência) e permite aos grupos que compartilhem, negociem e refinem modelos mentais comuns um “aumento da inteligência coletiva”.

Cap. XI As Mutações da Educação e a Economia do Saber

Neste capítulo Levy diz que as instituições de educação estão hoje submetidas a novas restrições no que diz respeito à diversidade, velocidade e evolução dos saberes. A demanda de formação é muito grande. As instituições como faculdades, cursinhos e escolas estão saturadas, a partir daí viu-se a necessidade de criar cursos a distância que tem um custo mais baixo que as de ensino “presencial”.
A demanda de formação de pessoas tem um enorme crescimento de quantidade e também de qualidade, pois existe uma necessidade de diversificação e de personalização do saber. Alguns dispositivos informatizados de aprendizagens em grupo existem para o compartilhamento de diversos bancos de dados e uso de conferências e correio eletrônico.
A discussão sobre o nascimento das novas tecnologias na educação desenvolveu-se em vários eixos, existem vários trabalhos cujos temas se referem a multimídia como suporte de ensino. O computador que têm a “função” educativa e de comunicação traz aos estudantes instrumentos de pesquisa, calculo, produção de mensagem texto e etc. A Educação deve se preparar para esse novo universo de trabalho, mas é preciso admitir também o caráter educativo ou formador de numerosas atividades econômicas e sociais.
As aprendizagens e qualificação adquiridas ao longo de experiências sociais e profissionais dos indivíduos não geram hoje nenhuma qualificação. Segundo Levy (p175) “Uma vez que os indivíduos aprendem cada vez mais fora do sistema acadêmico, cabe aos sistemas de educação implementar procedimentos de reconhecimento dos saberes e savoir-faire adquiridos na vida social e profissional”. Muitas empresas já usam simuladores, testes e outros para detectar conhecimentos que aquele indivíduo pode ter.



Cap. XII As Árvores de Conhecimentos, um instrumento para a Inteligência coletiva na educação e na formação

Novos processos como orientação dos estudantes em espaço do saber flutuante e destotalizado, aprendizagens cooperativas e inteligência coletiva no centro de comunidades virtuais atualizam a nova relação com o saber. Segundo Levy (pg 177), “As árvores de conhecimentos são um método informatizado para o gerenciamento global das competências nos estabelecimentos de ensino, empresa, bolsas de emprego, coletividades locais e associações”. Em vários locais da Europa está sendo experimentada, em empresas como a Èletricité de France e a PSA (Peugeot e Citroen).
Com essa abordagem é possível fazer com que toda a diversidade e competências de um grupo sejam reconhecidas. Cada competência é analisada por meio de teste, fornecimento de provas e etc. A árvore de certa comunidade cresce na mesma medida em que as competências da própria comunidade evoluem. É possível ver pela formação da árvore as competências daquele grupo e até mesmo desenvolvimento individual dos envolvidos.
Esta árvore se torna um verdadeiro “mercado de competências”, pois por meio dela pode-se contribuir para lutar contra a exclusão e o desemprego ao reconhecer os savoirs-faire daqueles que não possuem nenhum diploma.
Este mesmo projeto foi implementado em cinco universidades da Europa: a Aarthus na Dinamarca, a de Siena na Itália, a de Limerick na Irlanda, a de Lancaster na Inglaterra e a de Genebra na Suiça. Todos os alunos conseguiam ver as árvores dos outros cursos e era possível fazer troca de experiências entre os diferentes cursos e disciplinas, podiam determinar o perfil de competência que o aluno desejasse adquirir e podiam também consultar em tempo real a descrição de todos os cursos, dentre outros.
Por meio da Web é possível tornar real muitos sonhos e projetos que temos em mente, mas que não dispúnhamos anteriormente de recursos e/ou sistemas capazes de desenvolver de forma satisfatória essas necessidades. Acredito que a “socialização” por meio de um computador traz benefícios incontáveis pra vida pessoal e profissional de um indivíduo, seja com realização de projetos mais elaborados ou apenas como objeto de consulta de temas e idéias de seu interesse.

O texto faz uma análise da Educação e da Cibercultura. Para tanto, faz-se necessário saber o que é cibercultura. Segundo autores especialistas no assunto a cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade.

O texto relata a velocidade da evolução da Educação. Segundo Lévy (1999,p.57) “ a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”. Segundo o próprio autor devemos construir novos modelos do espaço do conhecimento, sendo necessário duas grandes reformas nos sistemas de educação e formação: EAD (ensino aberto e a distância) e o reconhecimento das experiências adquiridas. O EAD explora técnicas de ensino a distância explorando todas as técnicas e tecnologias da cibercultura, de certa forma, obrigando o professor a se tornar um animador de inteligência coletiva em vez de um fornecedor de conhecimentos. Na segunda reforma ressalta que não basta ter conhecimentos adquiridos em salas de aula, o importante é buscar as ferramentas do ciberespaço que permitem buscar vastos testes automatizados acessível a qualquer momento.

O texto decorre apresentando pontos de vista de estudiosos. Faz uma comparação entre o conhecimento e a web. Para Lévy (1999, p.161) “o conhecimento ainda era totalizável, adicionável. A partir do século XX, com a ampliação do mundo, a progressiva descoberta de sua diversidade, o crescimento cada vez mais rápido dos conhecimentos científicos e técnicos (...) o domínio do saber tornou-se cada vez mais ilusório”. A web não é congelada no tempo, transforma-se momentaneamente, é um fluxo de informações. Por outro lado, as páginas da web exprimem idéias, desejos, saberes, ofertas de transação de pessoas e grupos humanos, não são assinadas. O ciberespaço deixa de ser algo abstrato ou transcendente para ser algo tangível em tempo real.

Lévy (1999) descreve mutações nas formas de ensinar e aprender. Especialistas reconhecem que a distinção entre ensino “presencial” e ensino “à distância” será cada vez menos pertinente, pois o uso das redes de comunicações vem cada vez mais ampliando e integrando às formas de ensino. A função do professor não se limita à difusão de conhecimentos, o professor deve ter competência para incentivar a aprendizagem e o pensamento.

Diversos locais como a Europa, têm adotado o instrumento para a inteligência coletiva na educação e na formação: as árvores de conhecimentos. As árvores de conhecimentos são um método informatizado para o gerenciamento global das competências, chamado brevês, em diversos locais e associações: empresas, universidades, escolas de administração, coletividades locais, conjuntos habitacionais, dentre outros. Diante dessa abordagem, os membros de uma comunidade podem fazer com que toda a diversidade de competências seja conhecida mesmo que essas pessoas não foram validadas pelos sistemas escolares. Essa abordagem é disponibilizada para consultas na tela dando o aspecto de uma árvore sendo que em cada comunidade essa árvore cresce de forma diferente. Cada competência é reconhecida por meio de testes, provas, etc. O crescimento dessa árvore está atrelado à evolução das competências de cada comunidade, sendo diferente para cada uma delas, e para cada indivíduo possui uma imagem pessoal, uma diversidade de competências, uma posição na árvore do conhecimento. Posteriormente, outros países adotaram essa abordagem, chamado de projeto Nectar, que visava facilitar a circulação de estudantes pela Europa por meio da construção cooperativa de um sistema comum de reconhecimento dos saberes. Assim, os estudantes podem passar de um país para outro, conservando a sua lista de brevês que define suas competências e essa lista torna-se mais enriquecida à medida que se agrega experiências. Dessa forma é possível difundir, dividir, conectar árvores, mergulhar pequenas árvores em outras maiores, ressalta Lévy (1999).

Sendo assim, pode-se concluir que a Cibercultura está mesmo se tornando realmente um meio de aquisição de conhecimentos gerais, específicos e culturais de diversas fontes de informação, seja por uma forma organizada de troca de informação, bilateral, poli-lateral, o por apenas de um lado de interesse. O que fica como informação assimilada na leitura e resenha do texto, é que estamos mais próximo do “saber” do que imaginamos. Obter informação está mais fácil devido ao avanço das telecomunicações. Por outro lado a velocidade em que estas informações vêm e vão, o grau de globalização atingido das informações e exigência de conhecimentos que precisamos ter, é a moeda de troca por sermos “ciberpesquisadores”.


Bibliografia
Lévy, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo. 34 ed. 1999. 157-183.


RESENHA

Neste capitulo o texto faz uma reflexão sobre os sistemas de educação no que diz respeito à cibercultura em relação ao saber. Dessa maneira há três verificações, a primeira é sobre a velocidade de surgimento dos saberes, a segunda diz respeito à nova natureza do trabalho e a terceira é a modificação que ampliara funções cognitivas dos saberes.
Podemos dizer que as novas tecnologias favorecem formas de acesso à informação, novos estilos de raciocínio e conhecimento onde podem ser compartilhadas entre indivíduos, assim aumentando o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos.
“O que é preciso aprender não pode mais ser planejado nem precisamente definido com antecedência”. Neste trecho o autor deixa claro que não existe um ensino ou conhecimento pronto e acabado para todos, mas que devemos buscar um novo modelo de conhecimento mais aberto e evolutivo.
Portanto o admirável é que se reorganize este contexto com intuito de favorecer a aprendizagem em rede e a aprendizagem coletiva, onde o professor possa desfrutar das ferramentas que estão ao seu alcance levando o mesmo para dentro do ambiente escolar.

Em segundo momento o texto trás uma contribuição sobre as paginas da web, na qual exprimem idéias, desejos, saberes e a interação de pessoas e grupos humanos. Dentro disso o ciberespaço é um novo suporte de informação e de comunicação onde surgem gêneros de conhecimento.
Com este novo suporte o sistema educativo encontra-se submetido à evolução dos saberes, com isso é preciso que os profissionais da educação ampliem seus conhecimentos no que diz respeito às técnicas de ensino a distancia, uma vez que a demanda de formação esta tendo um enorme crescimento positivo.
Dessa maneira este novo sistema está cada vez mais acessível para os estudantes e professores, onde os mesmos encontram amplas oportunidades de conhecimento e aprendizagem.
É importante destacar que com o uso crescente das novas tecnologias digitais em rede, as praticas pedagógicas precisam ser repensadas e questionadas no que diz respeito à cibercultura. Uma vez que a mesma oferece uma troca de saberes permitindo todos os seres humanos uma formação elementar de qualidade.
Neste sentido os indivíduos estão todo tempo em período de aprendizagem. Não existe mais aquela velha historia de que o trabalho está separado do período de aprendizagem, uma vez que a transação de informação e de conhecimento faz parte da atividade profissional dos indivíduos.
O autor Pierre lévy faz uma observação fundamental em relação à estreita associação entre o ensino e o reconhecimento dos saberes, no qual ele diz que os indivíduos estão aprendendo cada vez mais fora do ambiente educacional.
Deste modo o autor ainda diz que, cabe aos sistemas de educação planejar procedimentos que irão de certo modo obter reconhecimento em relação aos saberes adquiridos na vida social e profissional.
Dentro disso as arvores de conhecimento são um método para o gerenciamento das competências nas instituições de ensino, no que diz respeito às habilidades comportamentais quanto os savoir-faire. A representação deste em uma árvore de conhecimento permitiu a localização de um determinado saber.
Neste sentido Cada individuo possui uma imagem, onde possui seu destaque pela competência adquirindo assim um melhor apreço pelo saber. Segundo o autor Pierre lévy cada pessoa que se autodefiniu ao obter um certo numero de sinais de competências torna-se, ao mesmo tempo, acessível pela rede.
Assim este instrumento torna visível a evolução rápida de várias competências, permitindo a diversidade da mesma não restringe os indivíduos a uma categoria ou profissão, mas favorece o desenvolvimento pessoal continuo.
Podemos perceber que a perspectiva traçada pelo autor não requer de forma alguma decisões e organizadas em grande escala. O que ele propõe com essas novas tecnologias é que todos tenham acesso, sempre centrado na luta contra a exclusão.
É importante enfatizar que a relação com a aprendizagem e a transmissão de conhecimento não é mais reservada apenas para uma parte da população(elite), mas que hoje os indivíduos tem a oportunidade de manter e enriquecer suas competências durante suas vidas.
Dessa maneira a cibecultura não é só a passagem do presencial à distancia, nem do oral à multimídia, mas é a transição de uma educação e uma formação, onde há uma troca de saberes garantido todos uma formação elementar de qualidade.


Bibliografia
Texto: Pierre lévy, Cibercultura, São Paulo: Ed.34, 1999, coleção TRANS, capítulos 10, 11, 12

Cibercultura

RESENHA do Livro Cibercultura de Pierre Lévy
Esta é a resenha dos capítulos X, XI e XII do livro Cibercultura escrito por Pierre Lévy com tradução de Carlos Irineu da Costa.
Capítulo X
A nova relação com o saber
Educação e Cibercultura
Pela primeira vez na história as competências de uma pessoa adquiridas ao longo de seu percurso profissional estão antiquadas para o fim de sua carreira. Outra constatação diz respeito a uma nova natureza de trabalho, onde a transferência do conhecimento não para de crescer. Atualmente trabalhar quer dizer aprender e transmitir saberes e para alem disso é produzir conhecimento. Novas tecnologias foram sendo criadas ao longo dos anos, e essas nos permitem ter acesso com mais rapidez as informações.
O trabalho, as novas tecnologias mudam profundamente os dados da educação e da formação. Devemos construir novos espaços do conhecimento, a partir de agora devemos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos e contínuos e organizados de acordo com os objetivos ou contexto no qual cada um ocupa uma posição única. Há uma necessidade de reforma no sistema de educação e formação. Em primeiro lugar aclimatação dos dispositivos do ensino aberto a distância. A educação a distância explora novas técnicas e todas as tecnologias intelectuais e Cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece as aprendizagens coletivas em rede. O professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência dos alunos em vez de fornecedor do conhecimento.
As pessoas aprendem com suas experiências adquiridas. Se as pessoas aprendem com suas atividades sociais e profissionais as escolas e as universidades perdem o monopólio da transmissão do conhecimento. Se a comunidade for organizada entre empregadores e indivíduos e recursos de aprendizagem de todos os tipos, as universidades do futuro auxiliariam para a animação de uma nova economia do conhecimento.
Em cursos dados por Pierre Lévy ele pede aos seus alunos que façam uma breve apresentação oral de no mínimo dez minutos, e na véspera da apresentação ele deve entregar um breve resumo com a bibliografia do assunto discutido. Ele pede essa bibliografia para os demais alunos que possam se interessar e aprofundar sobre tal temática. Em uma determinada aula um aluno lhe entregou um resumo cópia de uma pagina da Web.
Na web tudo se encontra no mesmo plano. E, no entanto tudo é diferenciado, não há hierarquia absoluta, mas cada site é um agente de seleção. A web articula uma multiplicidade aberta de pontos de vista.
A web não para no tempo ela se move o tempo todo e se transforma permanentemente, suas inúmeras fontes e sua irresistível ascensão oferecem uma surpreendente imagem de informação contemporânea. Cada reserva de memória cada grupo, cada objeto pode contribuir para encher as paginas ou sites da web. Essa liberdade que as pessoas tem para propagar as informações na web o autor chama de dilúvio, ou seja, derramar os conteúdos e informações.
A partir do século XX houve uma ampliação do mundo, a constante descoberta de sua diversidade, o crescimento cada vez mais rápido dos conhecimentos técnicos científicos, o projeto de domínio do saber por um individuo ou um pequeno grupo tornou-se cada vez mais ilusório. O conhecimento hoje passou de intotalizavel para inominável.
As paginas da Web expressam idéias, desejos, saberes, ofertas de transação de pessoas e grupos de pessoas. Por trás do grande texto fervilham a multiplicidade das relações. Ciberespaço, o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato ele é ainda mais visível. As paginas da Web não apenas são assinadas como paginas de papel, mas freqüentemente desembocam em uma comunicação direta e digital. O fato de um texto ser apresentado na tela não muda nada trata-se igualmente da leitura. Nossa capacidade de conhecer trabalhar com línguas, sistemas de signos e processos intelectuais fornecidos por uma cultura.
Em sociedades anteriores a escrita, o saber prático, mítico e ritual é encarnado pela comunidade viva. Quando um velho morre a biblioteca queima. Com o surgimento da escrita o saber é transmitido pelo livro. Após a invenção da impressão, um terceiro tipo de conhecimento foi assombrado pela figura do cientista. Nesse caso o saber não é mais transmitido pelo livro, mas sim pela biblioteca. O saber é estruturado por uma rede de remissões.
Entre os novos modos de conhecimento trazidos pela Cibercultura, a simulação ocupa lugar central, trata-se de uma tecnologia intelectual que amplifica a imaginação individual e permite aos grupos que compartilham modelos comuns.
Capítulo XI
As mutações da educação e a economia do saber
Os sistemas educativos encontram-se submetidos a novas restrições no que diz respeito a quantidade, diversidade e velocidade de evolução dos saberes. Agora em diversos países a maioria das pessoas de diversas faixas etárias que cursa algum tipo de ensino secundário. Há um aumento significativo nas universidades, os dispositivos de formação profissional estão saturados.
Quase metade da sociedade está ou gostaria de freqüentar a escola. Não será possível aumentar o número de professores de acordo com a demanda de alunos. A questão do custo do ensino se coloca, sobretudo nos países pobres. Será necessário buscar encontrar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores. Tanto no plano das infra-estruturas materiais como no dos custos de funcionamento, as escolas e universidades virtuais custam menos do que as escolas e universidades presenciais. Os ínvidos toleram cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem as suas necessidades reais e a especificidade de trajeto de vida.
Uma resposta para o crescimento da demanda com uma simples massificação da oferta seria uma resposta industrializada ao modo antigo, inadaptada a flexibilidade e a diversidade.
As universidades e as escolas primárias e secundárias cada vez mais, estão oferecendo aos estudantes a possibilidade de navegar no oceano de informação da internet. Há programas educativos que podem ser seguidos a distância na Web. Alguns dispositivos informatizados de aprendizagem em grupo são especialmente concebidos para o compartilhamento de diversos bancos de dados e o uso de conferencias e correios eletrônicos. Com isso pode-se assistir aulas em inglês ou qualquer outra aula por meio do computador.
A grande questão da Cibercultura, no plano de redução dos custos como no do acesso de todos a educação, não é tanto a passagem do presencial a distância, nem do escrito e do oral tradicionais a multimídia. É a transição de uma educação e uma formação estritamente institucionalizadas a escola e a universidade para uma cituação de troca dos saberes.
Podem parecer banal afirmar que todos os tipos de aprendizagem e de formação devem gerar uma qualificação ou uma validação socialmente reconhecida.no entanto, estamos atualmente bem longe disso. A relação com o saber emergente coloca novamente em questão a estreita sociação entre duas funções dos sistemas educativos; o ensino e o reconhecimento dos saberes. Quando os indivíduos aprendem cada vez mais fora do sistema acadêmico, cabe aos sistemas de educação implementar procedimentos de reconhecimento dos saberes adquiridos na vida social e profissional.Para tanto, serviços públicos utilizando em grande escala as tecnologias da multimídia. Em uma perspectiva ainda mais vasta a desregulamentação controlada do reconhecimento dos saberes.
Capítulo XII
As arvores de reconhecimentos, um instrumento para a inteligência coletiva na educação e na formação
È possível ter uma aprendizagem permanente e personalizada através de navegação, orientação dos estudantes em um espaço do saber fluente e destotalizado, esses processos sociais atualizam a nova relação com o saber.
Cada país possui hoje um sistema de diplomas e de reconhecimento dos saberes diferentes. Dentro de um mesmo país, os diplomas são o único sistema de representação das competências comum a todos os ramos da indústria, a todas as empresas e a todos os meios sociais. Há uma grande heterogeneidade em um único curso. Atualmente é difícil estabelecer equivalências entre diplomas europeus e mais ainda entre diplomas de anos, semestre ou módulos diferentes.
O estudante inicialmente levado a pensar sobre as competências que deseja adquirir, depois ele consulta as matérias que ele poderá cursar para adquirir tais competências. É, portanto com conhecimento de causa que ele pode escolher e tomar decisões. O correio eletrônico permite que possa acessar informações de primeira mão aos estudantes que cursarão matérias de outras universidades.
Os capítulos descritos acima nos mostra como são vasta as possibilidades quando usamos as novas tecnologias, ou quando nos apropriamos delas. É importante que futuras educadoras tenham conhecimento dessas ferramentas que atualmente fazem parte da vida de nossos alunos.
Andreana Temponi

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Alunas: Luana de Araujo Carvalho e Lidiane de Castro Leopoldino
Resenha:
Esta resenha refere-se a primeira aula de “Tecnologia e Educação”,do professor Luiz Otávio Correa, abordando sobre a parte histórica da tecnologia enfatizando a rede de internet, tendo como base o texto “A rede é mensagem” de Manuel Castells.
A aula iniciou-se abordando sobre a rede, o categorizando como meio de interligar ou/e interconectar. Ela vem nos acompanhado há muito anos, onde era e é utilizada como forma de organização. Possibilitando uma flexibilidade e globalização exigida atualmente em vários campos da sociedade, como o comércio, os avanços da telecomunicação entre outros.
A internet, sendo uma rede, foi criada para ser uma ferramenta de comunicação do exercito, sendo uma arma contra os Russos, na década de 60. Mas acabou caindo nas mãos da sociedade civil, onde os “nerds” das universidades americanas, no mesmo contexto de liberdade, buscavam um meio de comunicação “independente” de liberdade de expressão.
O autor inicia-se com a frase dizendo que “a internet é o tecido de nossas vidas”, sendo ela uma prática social de comunicação e linguagem, elaborada por nós homens, uma ferramenta de nosso próprio “controle”. Essa ferramenta possibilita que muitas pessoas possam se comunicar, tornando-se uma relação sócio-tecnica. Concomitantemente essa ferramenta possui um controle onde passamos a usá-lo da forma em que compreendermos para nossa utilidade. Causando ao mesmo tempo o controle da liberdade e o fim da privacidade.
Essa tecnologia, sendo uma ferramenta sócio-tecnica, ela muda dialeticamente conforme a demanda da sociedade, como vem ocorrendo durante todo esse tempo, atribuindo à relação de Homens e Máquinas, Sujeito e Objeto. Essa relação de Sujeito e objeto, ainda é uma relação cujo encontra muita dificuldade, pois sua separação ainda não é clara em muitos vínculos cotidianos de nós homens, como os remédios inteligentes.
Concluímos que a rede assim como a internet são ferramentas de utilidade consciente, possibilitando benefícios e malefícios, conforme sua intenção. Sendo uma rede de interligar e intercomunicar pessoas, mas que ainda não atende todas as pessoas, existindo uma exclusão na “sociedade da rede”acompanhando á exclusão social.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. 243 p.

A rede é a mensagem 2

ANDREANA DIAS TEMPONI
ROSEMEIRE VILANOVA
RESENHA
O Livro escrito por CASTELLS, Manuel A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade, foi escrito no ano de 2003. Nosso enfoque será no capítulo “A rede é a mensagem”. O autor aborda questões relacionadas aos meios de comunicação e as novas tecnologias dando um enfoque a internet. Ele se refere a mesma como um tecido de nossas vidas, a internet passou a ser a base tecnológica para formação organizacional da era da informação. O autor se refere a essa organização como uma rede.
Para Manoel Castells a formação de redes é prática humana muito antiga, mas em nosso tempo ela ganhou vida nova. Para ele a rede é um conjunto de nós interconectados. As redes apresentam muitas vantagens, tais como, ferramentas de organização, e se adaptar a rápidas transformações. Nesse sentido as redes estão crescendo em todos os domínios da sociedade. As redes eram dominadas apenas pela vida privada, no entanto a introdução das tecnologias de comunicação baseadas no computador e principalmente a internet permite as redes a exercer sua flexibilidade.
No final do século XX houve uma mudança na estrutura social baseada em redes, a internet tornou-se o principal fator na transição para a formação de uma nova sociedade. A internet passou a ser um meio de comunicação que pela primeira vez, possibilitou a comunicação de muitos indivíduos ao mesmo tempo. A sociedade de uma forma geral está sendo estruturada pela internet e em torno dela. Ser excluído dessas redes é uma forma de sofrimento para cultura e até mesmo economia.
A internet é uma prática social, ela passou a fazer parte de nossas vidas, facilitando principalmente nossa comunicação entre outros benefícios. No entanto há também os fatores desfavoráveis, como por exemplo, um hacker que pode entrar em conta bancária e causar fraudes diversas em diferentes sites, tudo isso é possível por meio da internet. Em alguns países esse meio de comunicação não acontece dessa maneira. Assim como as pessoas são excluídas socialmente, no campo da tecnologia isso também acontece.

A rede é a mensagem

RESENHA DO TEXTO “A REDE É A MENSAGEM”

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. 243 p.


Alunas: Angélica Quadros
Josiane Rosa



No texto “A rede é a mensagem” do autor Manuel Castells é abordado a importância da internet na vida do ser humano. Segundo Castells a internet é o recurso principal para a comunicação, ele inclusive compara a importância da internet nos dias de hoje com a importância da eletricidade na era industrial.
As redes que antigamente existiam de uma forma simples, com uma comunicação pouco eficaz, com o tempo foram se transformando em comunicações mais expressivas com a chegada da internet. As redes foram alastrando em todos os setores da sociedade, como o setor econômico, industrial e da comunicação. Apesar de a rede trazer benefícios a sociedade, segundo o autor as redes podem também trazer problemas quando usada de forma inadequada.
No final do século XX com as exigências e demandas da sociedade foi necessário implantar um sistema de rede que facilitaria os serviços prestados por diversos setores a fim de facilitar e libertar as atividades e noticias existentes. Com essa novidade trouxe uma nova forma de sociedade e com ela ajudando na economia mundial.
Uma parte da sociedade do mundo atual não tem acesso a internet, o que traz a desigualdade social. Segundo o autor não se sabe ainda até que ponto nossas vidas são afetadas por essa nova tecnologia da comunicação, mas não podemos deixar de citar que na maioria das vezes somos nós quem transformamos, alteramos e produzimos a comunicação via internet.
A rede e/ou internet são recursos que utilizamos como benefício. A facilidade de comunicação melhora a vida das pessoas por meio de noticias, informações e interação com o mundo, pois através da internet o Japão, por exemplo, fica apenas a um click do Brasil.